Regressão
A Regressão Terapêutica é uma ferramenta importante e muito eficaz no processo terapêutico. É uma técnica utilizada para desconectar as pessoas de situações traumáticas do seu passado que ainda estão acontecendo em seu Inconsciente, originando sintomas, sentimentos negativos e outras formas de enfermidades físicas e mentais.
No método utilizado pela ABPR (Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista), ela é dirigida pela espiritualidade. Quem decide o que a pessoa vai acessar são seus mentores espirituais, o que possibilita conciliar regressão e lei do esquecimento.
Podemos observar o que Allan Kardec apresenta no livro dos espíritos, questão 399:
“Integrado na vida corpórea, o espírito perde momentaneamente a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as ocultasse. Não obstante, tem, às vezes, uma vaga consciência, e elas podem mesmo lhe ser reveladas em certas circunstâncias. Mas isto não acontece senão pela vontade dos espíritos superiores, que o fazem espontaneamente, com um fim útil e jamais para satisfazer uma curiosidade vã.”
Essa é a ética da regressão realizada na Psicoterapia Reencarnacionista. Confiamos na sabedoria da espiritualidade superior, por isso respeitamos, não incentivamos o reconhecimento de pessoas e não direcionamos a regressão terapêutica, nem a pedido do próprio paciente.
Não utilizamos hipnose, o terapeuta leva o paciente a um relaxamento profundo, onde acontece uma expansão da consciência em que é possível recordar de várias formas o passado da alma no inconsciente. A memória pode ser acessada de modo visual, tátil, gustativa, olfativa, auditiva ou na forma de sentimentos.
O que se verifica é que sempre há uma finalidade útil; em tudo. Será acessado o que for conquistado por merecimento e o que tivermos capacidade para entender e assimilar. Nossos mentores espirituais sabem o que precisamos, melhor que nós mesmos, conhecem e respeitam as leis universais e não poupam esforços pra nos auxiliar.
Deve-se observar que ficamos sintonizados no momento em que termina a regressão. Motivo pelo qual não encerramos a regressão em momentos traumáticos. A técnica utilizada pela ABPR, consiste em terminar o procedimento apenas quando o paciente chega ao seu ponto ótimo. Depois de desencarnar e chegar num plano superior, onde é auxiliado pela atmosfera de luz e/ou pela espiritualidade amiga consegue ter maior compreensão dos acontecimentos, de seus sentimentos e passa a sentir-se amparado e em paz. Neste, momento, com autorização da espiritualidade podemos finalizar o procedimento e o paciente fica em sintonia de luz, trazendo consigo sentimento de paz, de compreensão.
A regressão contribui no processo terapêutico com os desligamentos e, também com benefícios conscienciais. Pessoas que sem motivo aparente sentem muita solidão, rejeição, culpa, ou apresentam distúrbios alimentares, síndrome do pânico, fobias, depressão severa, dores crônicas, possivelmente estão sintonizadas em momentos traumáticos de outras existências. Ao recordar essas vivências ocorre o desligamento dos pensamentos prejudiciais de sua origem (sintonia) e a consequente melhora ou cura dos sintomas. Mas, além do desligamento, é essencial a constatação, por parte da pessoa, de sua Personalidade Congênita, seu padrão comportamental secular ou milenar. É o aspecto consciencial que é de extrema importância. Muitas vezes a pessoa tem dificuldade de se ver como realmente é, por estar acostumada ao raciocínio de sua persona. Por estar envolvida pela ilusão de que é um pai, uma mãe, um filho, um amigo; e por colocar no externo a culpa pelos seus sentimentos.
Nesse sentido, a regressão auxilia a ampliarmos a consciência de quem realmente somos. Quando nos vemos, em outras encarnações, agindo e sentindo igual a vida atual, conseguimos ser mais imparciais do que somos conosco na atual existência e vamos desenvolvendo o raciocínio do espírito. A troca de raciocínio é de extrema importância. Quando passamos da visão persona (na qual somos vítimas), para a visão do espírito, compreendemos as pessoas e situações que desencadeiam nossas inferioridades, como nossos grandes aliados, uma vez que possibilitam que saibamos o que viemos curar nessa existência.